‘Nunca autorizei gravação ou medida investigatória contra magistrado, seja da Justiça Federal, TRF-4 ou do STJ’, diz Sergio Moro

Sergio Moro disse em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (5) que não autorizou a gravação de magistrados.

Ele também disse que “nunca foi feito nenhuma medida de investigação contra autoridades do poder judiciário”.

Decisão que está sob a guarda do Supremo Tribunal Federal mostra o início do processo que, hoje, levou a uma série de investigações sobre a atuação de Sergio Moro como juiz, em casos que antecederam a Lava Jato.

Segundo o blog da Daniela Lima, trata-se de mais uma revelação atrelada ao caso que nasce com a investigação de fraude de um consórcio no Paraná e termina com um ex-deputado estadual acusando Moro de tê-lo usado como agente infiltrado de investigação para cometer crimes. O processo está com o ministro Dias Toffoli.

O ex-juiz cita como referência a legislação dos Estados Unidos, e conclui: “É que crimes contra a administração pública são usualmente complexos. Repetindo Piercamillo Davigo, um dos membros da equipe milanesa da operação mani pulite: ‘A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Se eles se calarem, não vamos descobrir jamais”.

Hoje, Moro diz que a jurisprudência da época era outra, que não houve ilegalidade nem monitoramento de integrantes da magistratura.

Leia a íntegra da manifestação atual do senador:

”A investigação citada ocorreu entre 2004 a 2006, há quase 20 anos, quando era outra a prática e a jurisprudência.

O acordo feito pelo MPF com Tony Garcia justificou-se para viabilizar a indenização de cerca de 4.500 consorciados lesados pelo Consórcio Garibaldi.

As investigações posteriores resultaram em processos contra advogado que vendia influência em tribunais sem envolvimento de magistrados.

Sem indícios minimamente concretos do envolvimento de autoridades com foro não cabia, à época, a declinação de competência.

Não houve qualquer gravação ou medida investigatória autorizada por mim contra magistrados do TRF4, STJ ou de qualquer Corte do Judiciário.”

G1