Três dos quatro suspeitos de serem os executores dos médicos mortos no Rio de Janeiro, nessa quinta-feira (6/10), teriam sido julgados por um “tribunal do crime” e executados por traficantes da facção Comando Vermelho (CV). A decisão teria sido tomada através de uma videoconferência feita de dentro do presídio Bangu 3, de acordo com informações do portal g1.
Os chefes do CV estariam irritados pelas mortes dos inocentes, que eram ortopedistas que foram ao Rio para um Congresso sobre técnicas da profissão. O “engano” teria selado o destino dos executores.
Após a decisão dos chefes do CV, um reunião do “tribunal do crime” teria sido realizada no bairro da Penha para tratar da tortura e mortes dos assassinos dos médicos.
A suspeita levantada pela polícia é que os profissionais de saúde tenham sido mortos por engano pelos executores, que utilizavam um veículo da marca Fiat.
O grupo responsável pela execução dos médicos era parte da conhecida “Equipe Sombra”, também investigada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).
Dois de quatro corpos suspeitos pela execução de três médicos foram identificados. Os corpos seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida.
Ainda nessa quinta, as autoridades do Rio de Janeiro fizeram um pronunciamento sobre o caso, onde concordam em resolver o crime “o quanto antes”. Os médicos serão enterrados em São Paulo e na Bahia.
A Polícia Civil segue a linha de investigação de que o médico Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
O ataque foi próximo a um quiosque na altura do Posto 4, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. As testemunhas viram um grupo sair de um carro e atirar contra os médicos. Veja o momento da execução. Os profissionais de medicina mortos são especializados em ortopedia e foram identificados como Perseu Ribeiro de Almeida, 33; Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bonfim, 35. Um quarto médico foi alvejado. Daniel Sonnewend Proença, 33, que está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Corsato, que faria 63 anos na semana que vem, era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele morreu na hora.
Diego Bonfim era especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina e irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSol-SP).
Perseu de Almeida, que completou 33 anos na terça-feira (3/10), nasceu na Bahia e fazia especialização em São Paulo. Ele era especialista em cirurgia do pé e tornozelo também pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP e morreu na hora.
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