Um homem de 46 anos teve que ser internado no Hospital de Trauma de João Pessoa após ingerir altas doses de remédio para disfunção erétil e ter tido uma ereção contínua por três dias.
Apesar dele ter recebido alta após receber tratamento adequado para tratar um caso de priapismo, o que aconteceu com ele é algo relativamente comum entre homens que se utilizam de medicamentos para conseguir atingir uma ereção mais duradoura. De acordo com o urologista Emerson Medeiros, somente no Brasil, 150 mil casos são diagnosticados a cada ano.
O especialista apontou as causas para o aparecimento da doença, entre elas os remédios de disfunção erétil utilizados em excesso e explicou como isso acontece no organismo.
Priapismo e causas
Conforme explica o urologista, o priapismo nada mais é do que uma ereção ocasionada por fatores externos ou até naturais, que podem passar pelo uso de substâncias, inclusive medicamentosas, como no caso da utilização dos remédios para disfunção erétil, e que após um quadro da enfermidade começar não há prazer envolvido e, sim, muita dor.
“Causa uma ereção prolongada do pênis e geralmente sem excitação. Essa ereção acontece de forma involuntária e persistente, podendo se estender por mais de 6 horas, acontecendo de forma espontânea, por causa de algumas doenças, e também devido uso de medicações”, explica.
Segundo ele explica, esses medicamentos que podem trazer o priapismo como efeito colateral são os comumente utilizados para disfunção erétil ou até outros tipos de doenças relacionadas à prática sexual.
Em relação às doenças que podem levar a quadros de priapismo estão a anemia falciforme, que consiste no problema dos glóbulos vermelhos do sangue que ficam deformados e quebram. Como consequência desse problema, o fluxo de sangue pode ser obstruído e ocasionar o priapismo em uma pessoa.
“Geralmente acontece de forma espontânea. Algumas doenças podem levar a isso, como a anemia falciforme, e o uso de algumas medicações, como até o uso de antidepressivos”, conta.
O médico explica que o sildenafila, que foi usado pelo homem em João Pessoa, é um dos remédios que estão inclusos na lista dos que podem desencadear o problema.
“O priapismo é mais comum em pessoas mais novas, porque fazem uso da medicação mesmo não precisando. As pessoas usam viagra sem a real necessidade de estar usando, somente para aumentarem sua performance sexual”, explica.
Tratamentos
Viagra — Foto: Pixabay
Uma das principais ações de quando um paciente está com quadro de priapismo é o tratamento utilizado para, primeiramente, mitigar os efeitos no corpo e, posteriormente, se livrar do quadro.
“O tratamento se dá com hidratação do paciente, a utilização do cateter de oxigênio nos casos que têm anemia falciforme, a drenagem aspirativa da região peniana e também tentar diagnosticar se o caso de priapismo é isquêmico ou de alto fluxo. Baseado nisso, podemos ter a conduta no tratamento”, disse.
Além disso, caso a drenagem aspirativa não obtenha êxito, é recomendado, conforme o médico diz, que cirurgias podem acontecer para que, enfim, exista a diminuição da ereção e o cessar das dores ocasionadas por ela através do priapismo.
O médico explica também que não necessariamente doenças do coração podem causar o priapismo, mas que quem já possuí uma enfermidade desse tipo não pode consumir alguns remédios voltados para disfunção erétil, como o sildenafilia, porque eles podem causar o quadro do priapismo e pior a situação do coração.
“As doenças do coração e de circulação não entram na categoria de poderem causar o priapismo, mas alguns pacientes que têm problema cardíaco não podem usar essas substâncias similares ao viagra, dado que pode acontecer piora do quadro”, conta.
G1
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