Extrema Direita Brasileira foi Passar Vergonha na Argentina

O mundo todo estava de olho nas eleições da Argentina, pois como aconteceu nos Estados Unidos com a Eleição do extremista Donald Trump e no Brasil com o extremista Jair Bolsonaro, com governos ultraliberais, desastrosos em todos os sentidos.

Na Argentina, estávamos às vésperas de ver a mesma coisa acontecendo, com o extremista de direita Javier Milei, com a mesma estratégia de usar redes sociais, fake news contra os adversários e prometer coisas estapafúrdias.
Era uma cópia perfeita de Bolsonaro, influenciando jovens e velhos desesperados e discredulos nas políticas de Estado.

De acordo com Uol internacional (22/10/2023), “com 98,51% das urnas apuradas, Sergio Massa, peronista e atual ministro da Economia, tinha 36,68% dos votos. Javier Gerardo Milei, ultraliberal, estava com 29,98%.”
Esse resultado é uma grande surpresa, pois nas prévias para saber quem iria disputar as eleições, Milei havia ficado em primeiro lugar.

No resultado deste domingo, em “terceiro lugar, aparece Patricia Bullrich, com 23,83% do total. Juan Scharetii tem 6,78% e Myriam Teresa Bregman, 2,70%” (Uol, 22/10/2023).

O cenário político que apontava vantagens para o extremista de direita Javier Milei, atraiu os políticos da extrema direita brasileira e um grupo de parlamentares liderados pelo Senador Eduardo Bolsonaro, foram para a Argentina fazer boca de urna e campanha em lives ao vivo pró Milei, mas fracassaram e até mesmo, Eduardo teve uma entrevista silenciada ao vivo, pois defendia abertamente o armamentismo para civis.

A Vitória parcial de Sérgio Massa, que obteve mais de 36,68% dos votos, dá uma grande vantagem sobre Milei, pois existe uma forte tendência de migração dos votos dos demais candidatos, pró Massa, que é o atual Ministro da Economia Argentina e teve o apoio declarado de Lula nestas eleições.

Se nas primárias de agosto Javier Milei ficou em primeiro, seguido por Bullrich e Massa, podemos dizer que houve uma verdadeira reviravolta, que desmentiu todos os tendenciosos institutos de pesquisa, ficando agora Massa em primeiro, seguido por Milei e Bullrich em terceiro.

Para muitos analistas, inclusive a própria imprensa Argentina, avaliou que, essa reviravolta nos resultados das previas para o do primeiro turno, se deu pela aproximação e apóio de Lula a Sérgio Massa, na perspectiva de um governo mais democrático e com um viés mais a esquerda.

Na visão de muitos, a derrota de Milei, no primeiro turno, que para muitos seria uma vitória já certa, no primeiro turno, pode ter sido provocado pelo apoio declarado de Bolsonaro e dos filhos, que foi explorado por Massa, durante a campanha e que levaria a Argentina para um pior cenário político, bem parecido ou pior que o do Brasil da era Bolsonaro. Até porque, a economia na Argentina é bem mais limitada que a diversidade econômica do Brasil.

Durante essa campanha acirrada, com aparente vantagem de Milei, ao final, prevaleceu o bom censo do povo argentino em analisar que o que tá ruim, pode piorar muito mais.

Ontem mesmo, houve ameaça de bombas no palácio do governo, que foi desmentida, e o próprio candidato Milei, já estava dando declarações em que as eleições estavam sendo fraudadas, mesmo antes do início da votação.

Como ba Argentina, vitar não é obrigatório e as cédulas são de papel, certamente, iremos ver os extremistas de direita e bolsonaristas, questionando as cédulas eleitorais argentinas.

Com um discurso anti-politicos, ultraliberal, Javier Milei ofereceu destruir o banco central argentino e fazer a completa dolarização do país, além de prometer privatizar todas as estatais do país, além de privatizar toda a saude, seguridade social e educação, além de outros setores da economia. Também propôs liberar a venda de armas para o cidadão, além de defender abertamente o comércio de órgão humano.

Em outras palavras, era uma cópia fiel ou piorada de Bolsonaro, em que o próprio se declarou fã de Bolsonaro e Trump.

Esse marqueteiro davextrema direita a gente já conhece e fica clara a interferência da extrema direita de viés fascista dos Estados Unidos no Cone Sul.

A derrota da extrema direita argentina é um sinal em que, mesmo com a forte interferência de redes sociais, tentando manipular resultados e vendendo milhões de impulsos para os candidatos de direita e extrema direita, notamos que a uma contra-reação muito forte dos grupos que defendem a democracia.

Em um mundo globalizado, forças políticas democráticas, dedicam uma parte do seu tempo a militar em favor de candidatos com perfil mais democrático.

Notamos muitas mensagens de brasileiros alertando para os perigos de Milei, e comparando ele com Bolsonaro e Trump. Os memes negativistas de Milei/Bolsonaro tomaram as redes sociais brasileiras e de países vizinhos.
O mesmo ocorreu com os países de língua espanhola e da própria Espanha, que têm governos mais a esquerda e democráticos. Talvez os argentinos, ainda não tenham consciência dos perigos de um possível governo Milei, mas no primeiro turno, já evitaram essa tragédia.

Agora é manter a tendência eleitoral em Sérgio Massa, com um governo de coalizão que evite o extremismo, pois a Argentina é grande e forte e precisa se manter no campo democrático.

Se a ditadura conseguiu afundar a Argentina uma vez, a extrema direita gostaria de fazer o mesmo e, para isso, existem muitos agentes infiltrados, que ganham com o caos político e econômico. Aqui no Brasil já sentimos isso por cinco anos, coisa que não desejamos para nossos hermanos.

Por Belarmino Mariano.