Raimundo Cleofás Alves Aristides Júnior, 41 anos, foi preso no fim da noite de sábado (28/10) após fugir de uma blitz bêbado e atropelar com sua BMW branca um policial militar em Brasília.
Ele é engenheiro e empresário do ramo das construções e tem uma empresa no Morro da Cruz, bairro de São Sebastião. A empresa foi aberta em 2014 e já participou de licitações com o governo federal.
O Portal da Transparência indica que a empresa já esteve envolvida em pregões do Banco do Brasil, do Comando da Aeronáutica, do Ministério da Justiça e do Ministério da Cultura.
Quando tentou fugir do bloqueio, os policiais dispararam contra o automóvel e acertaram Islan da Cruz Nogueira, de 24 anos, que morreu. Ele estava no banco de carona da BMW que tentou escapar de blitz da Polícia Militar do Distrito Federal.
Islan tinha dois empregos. Ele trabalhava durante o dia em um grande supermercado na região administrativa e, à noite, em uma pizzaria no Jardins Mangueiral. A pizzaria pertencia a um amigo de Raimundo Cleofás. Assim como Islan, o empresário também era morador da região.
O velório e o enterro do jovem ocorreram nesta terça-feira, no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.
A fuga
Após furar o bloqueio, os policiais atiraram contra o automóvel, inclusive o PM atropelado, que disparou enquanto ainda estava no chão. Um dos tiros, porém, acertou Islan, que morreu sem chegar ao hospital, enquanto Raimundo fugia.
Fontes da área de segurança pública informaram ao Metrópoles que a BMW tinha 15 multas em aberto registradas no Detran e os débitos somavam R$ 2 mil. Apesar de o não estar em nome de Raimundo, o carro é de propriedade dele.
Pela gravação, é possível ouvir os policiais mandando o motorista descer do veículo. Na sequência, os militares dispararam contra a BMW em fuga.
Afastamento das funções
Oito policiais militares envolvidos na morte de Islan foram afastados das funções. Chefe do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) da PMDF, o coronel Edvã Sousa afirma que a medida faz parte do rito processual da investigação.
Os militares vão passar por avaliação psicológica dentro da corporação, e os exames dirão se eles têm condições de voltar às ruas.
O coronel acrescentou que os policiais atiraram contra o veículo depois de Raimundo desobedecer à ordem de parada. Os que dispararam se tornaram alvo de Inquérito Policial Militar, para apuração das circunstâncias do ocorrido, e tiveram as armas apreendidas.
“Com o laudo técnico, vamos dizer se eles vão voltar [para as ruas] ou seguirão para a parte administrativa. [da PMDF]. Hoje, eles estão afastados não porque são investigados, mas pelo processo. Esse é o rito estabelecido para apurações assim”, afirmou Edvã Sousa.
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