Apesar de ser a neoplasia mais comum no Brasil, com cerca de 195 mil novos casos por ano, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele ainda tem seus efeitos desconhecidos por muitas pessoas. Genitálias, pés, unhas e até olhos podem ser afetados pela doença que costuma ser silenciosa, mas traz efeitos nocivos e cumulativos.
O alerta é da dermatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Bruna Heluy, que explica que a pele pode dar sinais muito tempo após o comportamento que gerou os sintomas. “Aquele sol ao qual você se expôs na infância e na adolescência pode trazer consequências para a pele a partir dos 30 anos, que é quando aparecem as pintinhas”, detalha.
Maior órgão do corpo humano, a pele é responsável por proteger o corpo contra agentes externos, auxiliar a regulação da temperatura corporal, sintetizar a vitamina D, atuar no sistema imunológico, além de ter outras funções. O câncer se origina a partir de um crescimento descontrolado de células anormais na pele, podendo atingir ainda áreas como unhas, genitálias, pés e couro cabeludo, apesar de ser mais comum nas partes com maior exposição ao sol.
Sinais de alerta – Dentre os principais sinais de alerta, a dermatologista destaca as pintas com mais de uma coloração, que possuem bordas irregulares, costumam sangrar com frequência e têm difícil cicatrização. “São sintomas suficientes para procurar um médico”, orienta.
Quem possui histórico familiar da doença também deve ter atenção redobrada e realizar a avaliação todos os anos.
Principais cuidados – Para evitar o câncer de pele, a especialista ressalta as medidas convencionais: usar filtro solar com a reaplicação a cada duas horas; evitar a exposição solar entre 10h e 15h e, se possível, apostar em protetores físicos, como chapéu e camisa de proteção. Quando não for possível, opte por locais com sombra.
Dados – De acordo com o Inca, o câncer de pele é mais frequente em adultos brancos. Nas pessoas de pele negra, costuma aparecer mais nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. No Brasil, corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados, mas possui bom prognóstico quando detectado em fase inicial.
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