“Alívio”, diz dona de doceria após prisão de suspeita de envenenamento

Por meio de um vídeo compartilhado nas redes sociais, a proprietária da Perdomo Doces, Mariana Perdomo, agradeceu o apoio de amigos e clientes e afirmou que “o alívio chegou aos corações“. Isso porque, na tarde dessa quarta-feira (20/12), a advogada Amanda Partata foi presa suspeita de envenenar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86 anos. A prisão ocorreu na capital goiana.

A morte de Leonardo ocorreu no domingo (17/12) e a da mãe dele na madrugada de segunda-feira (18/12). Os dois casos foram informados pela filha de Leonardo, a médica Maria Paula Alves, que, inicialmente, chegou a dizer que o pai morreu após comer um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem creditado, um doce que seria da Perdomo Doces.

A esposa de Leonardo chegou a registrar um boletim de ocorrência, no qual informou,que Leonardo, Luzia e Amanda haviam passado mal após a ingestão do doce. Mãe e filho foram internados, mas não resistiram. Já a ex-nora teria viajado para a cidade natal, mas voltou a capital goiana para buscar atendimento médico, pois estaria grávida.

Agradecimento

Clientes da Perdomo Doces fizeram uma manifestação de apoio à loja e à proprietária Mariana Perdomo, na noite dessa quarta, em uma das unidades da loja, em Goiânia.

“Agradeço profundamente pela confiança depositada e pelo compromisso inabalável com a verdade. A cada abraço, sorriso e olhar sincero, as respostas às orações se materializa. A responsabilidade é honrar cada gesto de apoio com excelência e transparência. Muito obrigada”, disse ela.

Lojas e a fábrica da Perdomo Doces foram inspecionadas por órgãos competentes, que não encontraram irregularidades nos locais. Um lote de produtos chegou a ser recolhido para análise, após a suspeita de intoxicação com algum doce do estabelecimento.

A todo momento, a Perdomo Doces emitiu notas e afirmou que colaborou com a atuação da polícia para esclarecer o caso. Mariana Perdomo chegou a se posicionar pessoalmente e informou que assim como a família, ela estava interessada “na busca pela verdade”.

Prisão da suspeita

Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, foi presa por suspeita de ter envenenado Leonardo e Luzia. As circunstâncias do caso ainda não foram completamente esclarecidas. A polícia dará maiores detalhes em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21/12).

O episódio teve muita repercussão nesta semana, pois foi divulgado, inicialmente, que os dois morreram pouco tempo depois de comerem doces de uma famosa confeitaria de Goiânia.

Ainda na terça-feira (19/12), a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) descartou a responsabilidade da confeitaria no caso. Agora, a própria nora de uma das vítimas foi presa.

Amanda é advogada, com registro ativo da OAB-GO. No entanto, se apresenta nas redes sociais como psicóloga e terapeuta comportamental. O Conselho Regional de Psicologia de Goiás informou em nota que Amanda não tem registro profissional ativo.

Depois de ser presa, Amanda foi levada pela polícia para o Complexo de Delegacias de Goiânia, onde fica a sede da DIH. Com um vestido preto e o cabelo jogado sobre o rosto, ela negou o crime.

“Eu sou inocente, eu não fiz isso, gente. Eu não fiz nada”, afirmou a jovem. A reportagem tenta a localizar a defesa de Amanda. O espaço segue aberto.

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