Suspeito de ordenar ataque que incendiou ônibus e matou motorista em João Pessoa é preso no RJ

Um homem de 34 anos suspeito de ser o mandante do ataque com incêndio a ônibus em João Pessoa foi preso em uma ação das polícias civis da Paraíba e do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (21). Lindemberg Vieira da Silva é apontado pela polícia como chefe do Comando Vermelho na Paraíba, e determinava a realização de ataques, roubos e homicídios, além de liderar o tráfico de drogas na cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa. Ele foi preso no Complexo do Chapadão.

O ataque ao ônibus aconteceu no dia 18 de julho de 2023, no bairro do Padre Zé, na capital paraibana. Passageiros ficaram feridos e o motorista teve 54% do corpo queimado, morrendo dias depois no hospital. No dia 7 de novembro de 2023, sete pessoas foram indiciadas por envolvimento no caso. Agora, dos envolvidos no crime, quatro estão presos, dois estão foragidos e um morreu em briga entre facções.

Lindemberg havia fugido para se esconder no Complexo do Chapadão, segundo a polícia. Contra ele, foram cumpridos dois mandados de prisão por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Conforme investigação feita pelas duas polícias, Lindemberg atuava representando a facção criminosa carioca no estado da Paraíba, buscando a expansão de territórios. Os relatórios da investigação revelam que, no ano passado, o grupo cooptou alguns integrantes de uma facção específica da Paraíba e que estes membros foram levados para favelas do Rio de Janeiro para transmitir ordens aos traficantes paraibanos.

“Trata-se de uma prisão muito impactante para o crime organizado na Paraíba, certamente a captura de maior expressão nos últimos anos, tendo em vista a relação que esse criminoso estava construindo, pessoalmente, no Rio de Janeiro”, destacou o delegado Diego Beltrão, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil paraibana.

Ainda conforme o delegado, as duas polícias continuam investigando os grupos criminosos, tanto na Paraíba quanto no Rio de Janeiro, para identificar outros integrantes, e suas zonas de atuação, de forma a realizar novas prisões.

G1