GO: corpo encontrado é de homem que sumiu com a esposa, diz advogada

O corpo encontrado pela Polícia Civil em um matagal, em Trindade, na região metropolitana da capital goiana, é de Douglas José de Jesus, que sumiu com a esposa, Fábia Cristina Santos. A informação é da advogada da família da mulher, Rosemere Oliveira. Segundo ela, a identidade do homem foi confirmada por meio do DNA dos filhos.

De acordo com a jurista, ela fez a liberação do corpo de Douglas no Instituto Médico Legal (IML), na noite da última sexta-feira (10/5). Rosemere afirmou que Douglas tirou a própria vida. O enterro ocorreu no sábado (11/5).

O cadáver de Douglas foi encontrado próximo ao local onde estava o de Fábia. Assim como o da mulher, o corpo dele estava em estado avançado de decomposição.

O casal, que morava em Goianira, também na região metropolitana de Goiânia, desapareceu em 9 de março, após sair de viagem para a missa de sétimo dia do pai da mulher, em Quirinópolis. A viagem deveria durar cerca de 3h30, mas o casal não foi mais visto com vida.

Douglas era investigado por matar e ocultar o corpo da esposa e era réu por matar duas pessoas em Quirinópolis, em 1996.

Corpo em carro

O corpo de Fábia foi encontrado em 22 de abril, dentro do carro do casal, em uma área rural em Trindade. De acordo com a polícia, havia evidências de que Fábia era vítima de violência doméstica. Ainda segundo a corporação, é possível que ela tenha sido morta no mesmo dia em que desapareceu, já que o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição.

Operação policial

No início deste mês (2/5), a Polícia Civil cumpriu 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Quirinópolis, Paranaiguara, Presidente Prudente (SP) e Cuiabá (MT) relacionados à investigação do feminicídio de Fábia.

Um homem, que não teve o nome divulgado, foi preso em Goiás por posse ilegal de arma de fogo durante o cumprimento dos mandados. O inquérito segue apurando os fatos e, de acordo com a corporação, deve ser finalizado nos próximos dias.

Identidade falsa

Segundo a investigação, Douglas usava o nome falso de Wander José da Silva há quase 30 anos. A delegada responsável pela investigação, Carla de Bem, explicou como o homem conseguiu forjar a documentação para trocar de identidade e fugir da polícia desde 1996. O nome era de um irmão mais novo de Douglas.

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