Preso desde a última sexta-feira (17/5) acusado de matar a companheira por espancamento, o fisiculturista Igor Porto Galvão carrega um passado de problemas com a Polícia e até mesmo no meio do fisiculturismo.
Natural de Anápolis (GO), Igor atuou como fisiculturista durante alguns anos e chegou a disputar competições na categoria Men’s Physique.
Contudo, fontes ouvidas ligadas ao mundo bodybuilder afirmam que o homem de 31 anos era “queimado” no meio, com um histórico de polêmicas e envolvimento em brigas.
Após abandonar as competições, Igor passou a atuar como nutricionista e educador físico com foco no preparo de atletas. Ele possuía um perfil no Instagram, excluído recentemente, onde compartilhava para mais de 12 mil seguidores seu trabalho.
Relacionamento com companheira espancada
Igor mantinha uma união estável com Marcela Luise, de 31 anos, havia 9 anos. O casal chegou a morar em Brasília por alguns anos, antes de se mudar para Goiás.
Em 10 de maio, Marcela chegou inconsciente ao Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia (GO), Região Metropolitana de Goiânia. Apesar de a vítima apresentar múltiplas lesões pelo corpo, Igor teria informado a profissionais da unidade de saúde que a companheira havia sofrido uma queda em casa.
Profissionais de saúde que a atenderam, no entanto, contestaram a alegação do fisiculturista e acionaram a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que passou a investigar o caso.
A Polícia Civil de Goiás afirmou que a vítima apresentava “múltiplas lesões”, como traumatismo craniano, oito costelas quebradas, clavícula fraturada além de outras escoriações pelo corpo. Segundo laudo pericial, tais lesões não poderiam ser consequências de uma simples queda, porque a casa do casal não possuía escadas ou ladeiras que justificassem o acidente.
Após dez dias internada na unidade de tratamento intensivo (UTI), Marcela não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo nessa segunda-feira (20/5).
Passado com a Polícia
Após o início das investigações, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) informou que Igor já tinha um histórico de violência contra a mulher. A unidade policial afirmou que o fisiculturista já foi alvo da polícia, mais de uma vez, em razão de ter infringido a Lei Maria da Penha: por uma ex-namorada agredida, além de um caso envolvendo também a atual.
Em 2020, Marcela chegou a procurar a polícia e pediu medida protetiva contra Igor após relatar ter sido agredida, injuriada e ameaçada pelo fisiculturista.
Na época, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou que Igor mantivesse distância mínima de 200 metros da então companheira, além de não ter contato via redes sociais com Marcela.
Cerca de um mês depois, em janeiro de 2021, a mulher decidiu retirar a medida contra Igor, após reatar o relacionamento, e o processo foi arquivado.
Após a morte de Marcela, o fisiculturista segue preso. Os advogados de Igor afirmaram que a defesa deve entrar com pedidos para que a prisão seja revertida em outras medidas cautelares.
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