Dono de carro que arrancou perna de mulher em moto tinha armas em casa

Polícia Civil apreendeu um arsenal em um dos endereços de Carlos André Pedroni de Oliveira Pinto, apontado como o condutor do carro que atropelou um mototaxista e sua passageira, que perdeu a perna por causa disso, na noite de segunda-feira (20/5) em Barueri, na Grande São Paulo.

Registros policiais mostram que ele estaria em um racha na Alameda Rio Negro, quando atingiu as vítimas e fugiu, sem prestar socorro.

O motorista do outro carro é Roberto Viotto, o “dentistas dos famosos” ele afirmou que não participava de um racha e que acelerou seu Mercedes Benz, avaliado em quase R$ 2 milhões, por ter supostamente se assustado com a aproximação do carro de Carlos André.

Imagens obtidas mostram (veja galeria acima) que Carlos mantinha em um de seus endereços uma escopeta calibre 12, duas pistolas, um revólver, além de centenas de munições de diversos calibres. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo não confirmou se ele tem posse ou porte de arma, além do registro dos armamentos apreendidos, até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

O motorista se apresentou à polícia de Barueri na tarde desta quarta-feira (22/5), cerca de 40 horas após atropelar as vítimas, sem prestar socorro. Na porta da delegacia, ele afirmou à imprensa ter se arrependido disso.

Atropelamento

Segundo a polícia, Carlos André dirigia um Mercedes Benz na Alameda Rio Negro, em alta velocidade, e atingiu a traseira do mototáxi de Arlison da Silva Correia, de 32 anos, que fazia uma corrida de aplicativo. O impacto foi tão violento que a passageira do veículo, Maria Graciete Alves Araújo, de 36, perdeu a perna esquerda na hora.

Testemunhas disseram à polícia que dois carros de luxo disputavam um “racha” quando um deles atropelou a moto. Ainda consciente, Arlison afirmou aos guardas civis que atenderam à ocorrência que se lembra apenas de ter “sentido uma forte batida”. Ele teve hemorragia no cérebro e, assim como Maria Graciete, ficou internado na UTI do Hospital Geral de Barueri.

Segundo a Prefeitura de Barueri, a mulher sofreu amputação traumática, está lúcida e sendo acompanhada por uma psicóloga. Já Arlison teve um traumatismo craniano, mas apresenta boa evolução e deveria ter alta ainda nesta quarta-feira.

A administração municipal informou, ainda, que a velocidade máxima permitida na Alameda Rio Negro é de 40 km/h. Sobre o serviço de mototáxi, a prefeitura esclareceu que não há uma regulamentação específica para o transporte por aplicativo em Barueri.

Carro abandonado

O carro de Carlos André, que estava acompanhado da companheira, foi abandonado no estacionamento de uma igreja. O responsável pelo local afirmou à polícia que a mulher atendia pelo nome de “Juliana”. O veículo foi apreendido pela Guarda Civil de Barueri.

O caso foi registrado pela Polícia Civil como disputa de racha, lesão corporal, omissão de socorro e fuga. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que foi solicitada perícia para o local do acidente.

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