O júri popular de Francisco Lopes, acusado de matar a enteada Júlia dos Anjos Brandão, de 12 anos, em abril de 2022, está marcado para acontecer nesta terça-feira (18). Francisco é acusado de estupro, homicídio e ocultação de cadáver.
O acusado deve será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de asfixia mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Também vai responder por ocultação de cadáver e estupro de vulnerável.
Júlia dos Anjos Brandão, de 12 anos, desapareceu de um condomínio residencial no bairro de Gramame, em João Pessoa, no dia 7 de abril de 2022. Segundo familiares, Júlia tinha saído de casa somente com o celular. Os parentes da adolescente acreditavam que ela havia sido raptada ou induzida a sair de casa por algum estranho.
A primeira linha de investigação apontava para uma pessoa no Instagram. O perfil em questão se apresentou à adolescente pela rede social e ofereceu serviço de marketing digital. A mensagem da suposta consultora prometia um aulão gratuito a Júlia e dizia que a adolescente poderia ganhar dinheiro com a internet. Mas não demorou muito até que o delegado Rodolfo Santa Cruz descartasse a suspeita, pois a pessoa foi localizada, tinha endereço e contatos ativos e estava em outro estado.
A última pessoa a ver a adolescente em casa tinha sido o padrasto, Francisco Lopes. Nos primeiros depoimentos à Polícia Civil, ele informou às autoridades que, a pedido da esposa, Josélia Araújo, foi até o quarto de Júlia por volta das 6h40 do dia 7 de abril para verificar se ela já havia levantado. Segundo a versão inicial do padrasto, a adolescente dormia e Francisco teria saído para trabalhar logo em seguida. A mãe de Júlia se levantou por volta das 9h e percebeu que a menina não estava em casa.
O desfecho trágico da história aconteceu no dia 12 de abril de 2022, com a confissão do padrasto.
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