O médico ginecologista Hector Javier Lozano Galindo (foto em destaque) é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e de Goiás (MPGO) por supostos casos de abuso sexual durante consultas ginecológicas. Diversas pacientes relataram à polícia terem sido vítimas de “toques indevidos” por parte do profissional de saúde.
Morador de Águas Claras, Hector Javier atua em várias clínicas e hospitais, tanto no Distrito Federal quanto em Goiás.
Ele tem registro profissional não só no Distrito Federal, mas também em Goiás e no Maranhão (foto abaixo).
A defesa do médico não foi localizada para comentar o caso até o momento. O espaço permanece aberto para manifestação.
DIU
Segundo uma denúncia registrada na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), uma das vítimas afirmou que, durante uma consulta para a colocação de DIU, o médico se aproveitou do exame de toque para acariciar seu clitóris de forma indevida.
Durante o ato, ele ainda teria feito perguntas de cunho sexual, causando profundo desconforto na paciente. A consulta ocorreu em uma clínica particular na Asa Norte.
A jovem ressaltou que, em consultas anteriores, o médico sempre esteve acompanhado por uma enfermeira, algo que não aconteceu no dia em que o abuso foi cometido.
Outro relato foi registrado na 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Uma paciente declarou que, durante uma consulta ginecológica, Hector Javier introduziu os dedos em sua vagina sob o pretexto de retirar um corrimento. Ele teria pedido que a paciente realizasse movimentos com o quadril, primeiro deitada de barriga para cima e depois de bruços, enquanto continuava a tocar seu clitóris com movimentos circulares.
A paciente relatou que se sentiu confusa e sem reação diante da situação, especialmente ao perceber que o médico estava sem máscara e que havia sinais de saliva na vagina.
Outros abusos
Esses casos não são isolados. Em 2018, uma jovem de 18 anos, em sua primeira consulta ginecológica em Planaltina de Goiás, relatou um abuso semelhante, cujo caso já está em fase de audiência judicial.
Segundo as autoridades, a abordagem do médico em todos esses casos segue um padrão, o que levanta suspeitas de que ele tenha repetido esse comportamento com outras pacientes.
As investigações, que estão sendo conduzidas em parceria entre o MPDFT e o MPGO, também foram encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina, que avalia as denúncias.
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