A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) saiu em defesa do comentarista Marco Antonio Costa, responsável pelo carro de som que irritou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o ato de sábado, 7 de Setembro, na Avenida Paulista.
A defesa foi feita por Zambelli em um grupo de WhatsApp de parlamentares bolsonaristas. Nas mensagens, às quais a coluna teve acesso, ela defende Costa e critica Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente falou “um monte de coisa horrível”.
Zambelli deu as declarações em resposta ao deputado Zé Trovão (PL-SC), que reclamou do fato de alguns parlamentares não poderem subir no trio principal onde estava Bolsonaro. A própria Zambelli, por exemplo, ficou no caminhão de Marco Antonio.
O carro de som de onde Bolsonaro discursou era controlado pelo pastor Silas Malafaia, como ocorreu nos outros atos na Paulista. Segundo os parlamentares, o religioso teria permitido subir apenas “quem ele queria”.
“A verdade é uma só, gente. O evento era do Silas, não nosso. Por isso estava lá quem ele queria. A única saída para isso é quando for ser feito algo, que seja organizado por nós e ponto. E alguns que ele, por algum motivo, tem de engolir. A meu exemplo”, disse Zé Trovão no grupo.
Em resposta, Zambelli alegou que o trio principal era de Malafaia, mas que o evento teria sido previamente convocado por Marco Antonio, que também chamou uma manifestação na Paulista. O comentarista é responsável pelo “Movimento Fora Moraes”.
“Só uma correção. O caminhão era do Silas. O evento era do Marco Antonio que permitiu que o Silas fizesse em respeito ao presidente. E agora está sendo atacado por bolsonaristas depois que o presidente falou aquele monte de coisa horrível”, afirmou Zambelli.
Bolsonaro irritado
Enquanto discursava no sábado, Bolsonaro reclamou do trio elétrico de Marco Antonio, cujo barulho atrapalhava sua concentração. O ex-presidente chegou a pedir que a Polícia Militar paulista atuasse e chamou o responsável pelo barulho de “canalha”.
“Se esse picareta quer fazer um evento, que anuncie, convoque o povo e faça. Não atrapalhe pessoas que estão lutando por algo muito sério em nosso país”, disse
Bolsonaro tentou continuar o discurso, mas o interrompeu novamente ao continuar ouvindo o som automotivo. O ex-presidente da República, então, pediu novamente que policiais militares “arrancassem a bateria” do veículo.
“Desculpa aqui, ó, eu não sou governador… mas [eu peço] que a PM arranque a bateria desse carro. Essa é uma atitude de canalha, vagabundo, que não tem compromisso com seu país. Quer fazer política, vai fazer em outro lugar!”, esbravejou.
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