Em menos de 30 dias, ao entrar setembro, o INPER já registrou mais de 80 mil focos de incêndio e desde janeiro de 2024, já são mais de 170 mil focos de queimadas.
Os dados são alarmantes e atípicos. Pois em apenas 8 meses, já ultrapassamos as maximas de décadas. Mata seca, ventos fortes e influência do el niño, contibuem para ações naturais e de humanos criminosos para esse quadro terrível.
A quem interessa todas estas queimadas? Qual a ideologia política dos que tocam fogo e liberam milhões de metros cúbicos de gás carbônico na atmosfera? Existe alguma assinatura ideológica propagando o fogo como se fosse uma arma de guerra, gerando um cenário de “terra arrasada”?
A gente escuta muito a ideia de mudanças climáticas e como o clima é uma longa sucessão de tempos, para que a climatologia possa definir um determinado clima e sua gradual mudança ao longo dos séculos e até em milhares ou milhões de anos.
Aqui iremos trabalhar com a ideia de extremos ou limites climáticos, pois é o que estamos vivenciando em condições meteorológicas e até mesmo, em características ambientais em suas diferentes escalas.
O que estamos vivendo em termos ambientais ou meteorológicos, faz parte de uma das características cientificas previstas em processos de mudanças climáticas.
Uma sucessão de fenômenos extremos como chuvas fortes e intempestivas, seguidas de secas anormais e que se ampliam para ambientes em que não eram comuns.
Mudanças de temperaturas, com a elevação ou a baixa brusca em graus, em épocas que geralmente eram mais amenas ou eram naturalmente mais aquecidas.
Não são de hoje, todos os alertas de ecologistas, geógrafos, ecólogos ou climatólogos, sobre os impactos e efeitos das atividades tecnológicas das economias de super exploração da natureza pelos processos industriais, extrativos e de consumismo desmedido e a qualquer preço.
Estamos diante de um novo momento político e econômico, em que empresas e grupos políticos usam os fenômenos naturais para impor suas vontades e/ou interesses políticos e econômicos, tirando proveito de situações meteorológicas em ciclos de instabilidades, negando inclusive, que existe um desequilíbrio ambiental em curso.
Grandes fazendeiros ou latifundiários e agropecuaristas, estão aproveitando os períodos de seca, estiagem e vegetação ressecadas para provocar queimadas criminosas. Essa prática é uma economia de mão-de-obra e a natureza paga a conta.
Com essa prática perversa, conseguem limpar o mato com fogo, ampliando futuras áreas de pastagens ou plantios e em terras devolutas, grileiros ampliam suas áreas ilegais.
Como o objetivo é o lucro e a economia com mão-de-obra e maquinários, não estão preocupados com as consequências de suas ações e com os impactos ambientais em curto, médio ou longo alcance e prazo.
Essa sempre foi uma prática tradicional, mas ocorria em pequenas escalas tempo-espaciais. Mas nos dias atuais, com os grandes complexos agro-industriais, a lógica de super exploração da natureza, aproxima os extremos climáticos e acelera as mudanças climáticas, que estão cada vez mais aceleradas.
No caso do Brasil, essas ações criminosas também são políticas, pois no último mês, grupos e/ou empresários de extrema direita, para destruírem as políticas ambientais do atual governo Lula e a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, passaram a agir em bloco, de maneira organizada e ao mesmo tempo, combinados, pois os incêndios criminosos, estão ocorrendo em uma sincronia absurda.
Ideologicamente, esses grupos são negacionistas das mudanças climaticas, pois sua lógica capitalista é a de lucrar a todos os custos, inclusive ambientais.
Queimadas criminosas em São Paulo e Acidentes de Automóveis são outros desdobramentos ou consequências desses crimes ambientais.
Quando alguém dizia, “bolsonarismo mata”, as pessoas se referiam a tragédia humana durante a pandemia da Covid-19, que registrou mais de 730 mil mortes, marcadas pelo negacionismo, pela corrupção e o atraso na compra de vacinas hj e pela orientação para que as pessoas não se vacinassem.
Agora a frase “bolsonarismo mata”, se relaciona diretamente com os incêndios criminosos, ou queimadas que estão sendo orquestradas para gerar uma crise ou instabilidade no governo federal.
Os crimes ambientais estão repercutindo mundialmente e as denúncias desse esquema criminoso já é do conhecimento geral, pois existe um padrão e suspeitos presos, imagens de mensagens dos articuladores, casam com as práticas comuns durante o governo Bolsonaro. Inclusive já existem agropecuariatas presos e condenados a pagar milhões em multas. Mas quem irá pagar por esses desastres e pela saúde das pessoas, ao exemplo desse terrível acidente nas rodovias tomadas pela fumaça e fuligem?
As queimadas estão destruindo os diferentes biomas do Brasil, como: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga. Áreas de cultivos, reservas ambientais, territórios indígenas e queimadas em margens de rodovias e locais com fios de alta tensão são os principais alvos.
Para complicar ainda mais o período prolongado de estiagem e seca, a fumaça das queimadas está afetando a saúde da população em todos os Estados, com maior agravante em grandes centros metropolitanos.
Nas rodovias federais e estaduais, o fogo e a fumaça estão provocando graves acidentes de carros, como estes das imagens em destaque. A situação é descontrolada e caótica, cono em um filme de terror.
Existem fortes indícios de envolvimento de grandes produtores do agronegócio, grileiros de terra, pecuaristas e até garimpeiros ilegais que apostam no caos. Por causa da fumaça intensa, ocorreu um grande engavetamento, com dezenas de carros em coalizão em Bauru/SP.
Esse fogo tem a cara, as mãos, os pés e o crime de lesa pátria do bolsonarismo criminoso!
Esse fogo e estas queimadas programadas e sequenciadas tem o financiamento, a orientação e a cara dos apoiadores bolsonaristas. Eles atacam reservar ambientais, territórios indígenas e quilombolas.
Esse fogo tem a cara do agronegócio criminoso, que quer mais terras para o seu gado;
Esse fogo tem a cara dos garimpeiros ilegais pois são financiados por empresários criminosos;
Esse fogo tem a cara de grileiros que querem acumular mais terras públicas ao seu patrimônio desonesto.
Esse fogo tem a cara dos fascistas e extremistas de direita, que apostam no caos, pois sua política é implantar o terror, o medo e destruição.
E, se a justiça, o Ministério Público, a polícia federal e o governo federal não tomarem as providências, esses fascistas irão destruir o Brasil.
Querem deixar o Brasil como terra arrasada, igual o genocídio na Faixa de Gaza, ou os 730 mil mortos por COVID-19, durante o desastroso governo Bolsonaro.
Basta lembrar o vazamento criminoso de óleo nas praias do Nordeste; o dia do fogo durante seu governo; o desmantelo no IBAMA; o passar da boiada do seu Ministro Sales destruidor do Meio Ambiente; das suas declarações dizendo que “a Amazônia não pegava fogo pois era úmida” e negando as mudanças climaticas e seus crimes genocidas e ambientais.
Passaram de todos os limites da racionalidade, ultrapassaram as barreiras da sanidade e como no fatídico e golpista oito de janeiro em Brasília, continuam uma nova etapa golpista e o crime é ambiental e lesa pátria, pois afronta a soberania nacional.
Por Belarmino Mariano.
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