Foi lançada nesta terça-feira (8), pelo Sebrae/PB e parceiros, a primeira etapa da Rota Turística Ciclos do Brejo, unindo história, cultura e tradição. Nove municípios integram o roteiro que revela as raízes coloniais da região e retrata os três ciclos que marcaram a economia local e continuam ativos: a cana de açúcar, o café e o algodão. O Afroturismo também recebe destaque, com visita aos quilombos, o que proporciona uma imersão nas raízes culturais que moldaram a identidade e a gastronomia da região.
A primeira etapa foi apresentada a agências de turismo e jornalistas, com uma programação nos municípios de Bananeiras, Areia, Remígio e Alagoa Grande. A nova rota, criada a partir do Programa de Agentes de Roteiros Turísticos do Sebrae/PB, reúne o turismo rural, de base comunitária, turismo de experiência, gastronômico e agroturismo. A proposta é potencializar a economia local e garantir a atividade turística nos municípios durante todo o ano.
A gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB, Regina Amorim, avaliou que a atuação da instituição em todas as regiões turísticas da Paraíba tem possibilitado resultados positivos nas dimensões econômica, social, cultural e ambiental, transformando a economia dos municípios envolvidos.
“A principal estratégia de desenvolvimento do turismo criativo e colaborativo é identificar nas comunidades, as suas crenças, seus saberes e fazeres, seus talentos criativos e a sua identidade territorial para gerar o diferencial do turismo criativo. Não se contentar com a situação atual. É ter a capacidade de ousar e mudar de direção. É isso que estamos estimulando e colaborando para que a atividade econômica do turismo seja cada vez mais criativa e sustentável”, afirmou Regina Amorim.
A programação da Rota Ciclos do Brejo teve início na terça-feira (8), em Bananeiras, com visita ao Casarão do Eco Parque Angicos, Garimpo das Artes, Engenho Rainha, além de exposição dos produtores e empresas locais, com a torra do café. Nesta quarta-feira (9), o destino é a cidade de Areia, onde a programação inclui visitação ao Casarão Dr. José Rufino, visita à igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, ao Engenho Ipueira e à casa de farinha.
Já na quinta-feira (10), o grupo conhecerá a Fazenda Tanques, patrimônio cultural e arquitetônico, localizada no município de Remígio. O local guarda história do passado escravocrata e abrigava uma maternidade para onde eram enviadas as escravas que estavam grávidas. A programação da Rota também inclui visita ao quilombo Bonfim, onde é possível conhecer o cultivo de produtos orgânicos por cerca de 30 famílias.
Em Alagoa Grande a proposta é fazer um passeio pela história do município, com visita ao Museu Jackson do Pandeiro, filho ilustre da cidade, o Teatro Santa Ignês, Quilombo Caiana dos Crioulos, com visita à Casa de Farinha. Os visitantes podem contemplar apresentação da cultura local e farinhada
“É uma rota que conta com nove destinos, cada um com suas características. Um roteiro precisa da diversidade e a gente insere também a cultura da mandioca, a produção de farinha que foi um poleiro de mão escrava. Apesar de ser um roteiro que retrata ciclos dentro do período colonial, ele também mostra essa parte da mão de obra escrava”, explicou o agente de Roteiros Turísticos do Sebrae/PB, Sidnésio Moura.
A segunda etapa da Rota será apresentada de 07 a 08 de novembro, com atividades nos municípios de Alagoa Nova, Pilões, Serraria, Borborema e Matinhas. O roteiro contou com a parceria e apoio das Associações de Empresários do Brejo Paraibano: Abatur, Atura, Atuecam, Atag e Convention Bureau de Areia.
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