A Morte Veste Branco e Anda Descalça. A morte é um fato incontestável e a vida uma incógnita imprevisível. A morte não usa foice e nem jóias, ela só é o que é e ponto final.
Murmúrios e alaridos das perdas são normais e o ritual fúnebre é uma experiência cultural que precisa ser experienciada e respeitada.
O luto que no ocidente se veste de preto e no oriente se veste de branco, são como o yin yang da filosofia taoísta, um busca de equilíbrio dos contrários, mas a vida e a morte, aparentes opostos, são na verdade complementos da nossa existência.
Sempre estive ligado à ideia de que a vida é imprevisível, nunca fui muito fiel aos valores, princípios e dogmas religiosos, pois para cada povo, sociedade e civilização, deuses, religiões e rituais, são muitos e variados.
Sempre gostei de filosofias sobre espiritualidade e metafísica, pois nos conectam com fenômenos inexplicáveis, mas quando se transformam em explicações ilusórias, como se fossem reais, viram mito, dogma e ritual que só fazem sentido na psicose humana dos envolvidos.
Essa ideia de ciclo, passagem, recomeço é forte em todas as tradições, mas no ocidente a morte nunca é aceita, sempre é negada e alguns acham que não serão tocados pela mão invisível da morte.
Os impactos da morte na vida de muitas pessoas que continuam vivas são avassaladores, deixando alguns completamente desnorteados e em fragmentos, como vasos em pedaços que se estilhaçam com a queda.
Porém, não tenham medo, pois, como afirmou Augusto dos Anjos, a morte é nossa companheira inseparável, a nossa certeza incontestável e nem precisa relutar, pois com ela nos encontraremos, cedo ou tarde.
Por Belarmino Mariano.
Imagem das redes sociais
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