Uma idosa morreu de intoxicação alimentar depois de comer uma marmita em Igarassu, no Grande Recife. Parentes disseram ao g1 que a comerciante Maria do Socorro Caetano, de 64 anos, recebeu a refeição de um homem desconhecido e suspeitam que estava envenenada. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A vendedora morreu na tarde da quinta-feira (6), no bairro de Cruz de Rebouças. A filha da vítima, Josefa Rosana Inácio de Lima, contou que a mãe era conhecida como Socorro da Verdura e tinha uma barraca na Rua Luciana Paiva de Souza.
Segundo Josefa, Socorro estava no trabalho quando um senhor, que aparentava ter entre 60 e 70 anos, chegou dizendo que tinha uma marmita para entregar a ela.
“Ele chegou do nada. Eu perguntei: ‘a senhora vai almoçar o quê?’. Ela disse: ‘minha filha, compre qualquer coisa para a gente almoçar’. Falei que ia procurar em algum lugar perto. Aí esse senhor chega e pergunta: ‘a senhora é que é Socorro da Verdura?’. Ele fez: ‘Mandaram para a senhora’. Ela estava debulhando o feijão e falou: ‘pega aí, minha filha’. E eu entreguei para ela” disse a filha da comerciante.
A marmita continha feijão, macarrão e uma porção de carne. O genro da comerciante, Adriano Carvalho da Silva, disse que ela comeu a refeição entre 13h30 e 14h e, assim que terminou de comer, começou a passar mal.
“Ela começou a virar os olhos, se urinou e a gente colocou ela dentro do carro. Saímos, nas ‘carreiras’, para a UPA. Ela já chegou apagada. Tentaram reanimar ela, mas não teve condições. A pressão dela, que era alta, foi lá para baixo. E ela soltava muita secreção pela boca”, disse Adriano.
O corpo de Maria do Socorro foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML), que fica no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. No registro da ocorrência, ao qual o g1 teve acesso, consta que a vítima morreu de “intoxicação exógena”, que ocorre quando o organismo é exposto a substâncias tóxicas.
De acordo com a filha da comerciante, enquanto a família socorria a idosa, pessoas que trabalhavam com a vendedora jogaram a marmita fora, sem saber que poderia estar intoxicada.
Os familiares disseram, ainda, que não fazem ideia de quem era o homem que entregou a marmita nem quem poderia ter envenenado os alimentos.
“Era uma pessoa muito querida, não tinha confusão com ninguém, trabalhadeira, esforçada. Não fazia briga com ninguém”, disse Josefa.
Procurada, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado pela Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte e abriu um inquérito para investigar o ocorrido.
do g1 PE
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