Deise Moura dos Anjos, presa sob suspeita de envenenar um bolo com arsênio e causar a morte de três membros da mesma família, no dia 23 de dezembro de 2024, deixou um recado antes de ser encontrada morta em sua cela nesta quinta-feira (13/2), no Rio Grande do Sul.
“Ela escreveu alguns bilhetes. Primeiro, tem uma camiseta em que ela escreveu um desabafo, dizendo: ‘Não sou assassina, só sou um ser humano fraco com depressão por tanto sofrer e pagar pelo erro dos outros’. É uma série de cartas. No primeiro momento, vimos apenas a camiseta, mas depois na avaliação detalhada do local, apareceram alguns escritos”, conta Sodré.
Relembre o caso
Em 23 de dezembro de 2024, uma família celebrava uma confraternização em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, quando consumiu um bolo envenenado com arsênio.
O incidente resultou na morte de três familiares e na internação de outras três pessoas, incluindo a mulher que preparou o doce.
As irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, morreram. A filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, também faleceu.
A suspeita de envenar o bolo é Deise Moura dos Anjo. Ela é nora de Paulo Luiz e Zeli dos Anjos, ambos vítimas de intoxicação por arsênio.
As autoridades informaram que uma desavença familiar de mais de 20 anos entre a suspeita do crime, Deise, e a sogra dela, Zeli dos Anjos, pode ter motivado o crime.
Deise foi encontrada ainda com vida em sua cela, antes de ter o óbito confirmado na enfermaria da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).
De acordo com o chefe da Polícia Civil do RS, o conteúdo das cartas ainda está sendo investigado. Deise também deixou por escrito a citação de diversos salmos da Bíblia.
“Ela diz [nas cartas] que estava em depressão, que comprou arsênio, mas não usou, jogou fora. Mas a verdade é que o arsênio foi parar no corpo dos familiares”, completa.
Ela estava detida temporariamente em uma cela de contenção, segundo informou a delegada responsável pelo caso, Karoline Calegari.
De acordo com a delegada Karoline, responsável pelo caso, Deise foi encontrada com uma camisa, ou um pano, enrolada no pescoço. A suspeita enfrentava acusações de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio, e estava presa desde 5 de janeiro.
O marido de Deise pediu o divórcio e a aliança da suspeita na quarta-feira (12/2), um dia antes da morte dela.
De acordo com a investigadora, informações preliminares indicam que esse seria um dos motivos pela qual Deise pode ter se desesperado e tirado a própria vida.
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