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Veja a Votação da PEC da Blindagem por Partido na Câmara dos Deputados

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2025, conhecida como “PEC da Blindagem”, foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 16 de setembro de 2025, com 353 votos a favor, 134 contra e 1 abstenção. O placar do segundo turno, também no mesmo dia, foi de 344 votos a favor e 133 contra. Para aprovação, eram necessários 308 votos em cada turno. O texto principal, que amplia proteções a parlamentares e presidentes de partidos (exigindo aval do Congresso para investigações e prisões, com foro no STF), foi alterado por destaques: o voto secreto para abertura de ações penais foi removido (aprovado em destaque do Novo com 296 a 174 contra a manutenção), mantendo-o apenas para prisões.

A votação teve ampla adesão do centrão e da oposição bolsonarista, com o governo Lula liberando a bancada do PT (que discursou contra, mas teve dissidências). Abaixo, o breakdown por partido no primeiro turno, baseado nos dados oficiais da votação nominal.

Partido Bancada Total Votos a Favor (Sim) Votos Contra (Não) Abstenções % de Apoio
PL (Partido Liberal) 99 98 0 1 99%
União Brasil 59 52 7 0 88%
PP (Progressistas) 56 53 3 0 95%
PSD 42 24 18 0 57%
Republicanos 41 41 0 0 100%
PT (Partido dos Trabalhadores) 68 12 56 0 18%
MDB (Movimento Democrático Brasileiro) 42 37 5 0 88%
PSB 15 0 15 0 0%
PDT 17 2 15 0 12%
PSOL 13 0 13 0 0%
Novo 5 1 4 0 20%
PCdoB 6 0 6 0 0%
Outros (PV, Cidadania, etc.) ~37 33 3 0 ~89%

Observações principais:

  • Apoio massivo da direita e centrão: O PL (de Bolsonaro) foi quase unânime, assim como Republicanos (100%, partido do presidente da Câmara, Hugo Motta). O centrão (PP, União, MDB) deu suporte majoritário, com o PSD como exceção (alta rejeição, incluindo o líder Antônio Brito).
  • Oposição interna no PT: Apesar de discursos contra (chamando de “impunidade”), 12 petistas votaram sim, sob pressão do centrão em negociações paralelas (ex.: anistia do 8/1). O governo liberou a bancada, mas Lula criticou a popularidade da PEC.
  • Esquerda unida: PSOL, PSB, PCdoB e Novo (quase todo) rejeitaram integralmente, focando em transparência e accountability (um conceito relacionado à transparência, prestação de contas e responsabilidade).
  • Impacto: O texto segue para o Senado, onde precisa de 49 votos em dois turnos. Dois destaques restantes foram votados em 17/09, mas não alteraram o placar principal.

Esses números refletem a fragmentação partidária e negociações de pautas (como anistia e MPs do governo).

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