O pastor Angelo Mario Klaus Júnior se entregou à Polícia Civil na madrugada do último sábado (2/8). Ele é apontado como responsável por uma clínica clandestina em Anápolis, município de Goiás, suspeita de maus-tratos, tortura e cárcere privado contra os internos.
Angelo e sua esposa, Suelen Klaus, são apresentados como coordenadores da clínica onde a Polícia Civil de Goiás resgatou, em 29 de agosto passado, 50 pessoas que foram vítimas de maus-tratos. No local, os agentes encontraram os pacientes amarrados e em condições insalubres.
Já em 31 de agosto, a Polícia Civil localizou outras 43 pessoas em situação semelhante em outra clínica ligada ao casal de pastores no mesmo município.
Além de donos da clínica, Angelo e Suelen são pastores da Igreja Batista Vida Nova, em Anápolis.
Nas redes sociais, o pastor compartilhava a sua rotina dentro da igreja. Angelo também divulga sua passagem por áreas nobres de Brasília, como o Lago Paranoá.
Depois da divulgação a respeito da ação policial no local, que fica na zona rural de Anápolis, o casal de pastores apagou suas redes sociais.
A mulher foi presa durante a operação, enquanto o pastor fugiu dos policiais, se embrenhando pelo mato. Suelen, que ocupava um cargo comissionado com salário mensal de R$ 5 mil na Prefeitura de Anápolis, foi exonerada no dia seguinte à primeira operação policial.
Ao se entregar à polícia, no sábado, o pastor Klaus tentou inocentar a mulher das acusações feitas contra as clínicas conduzidas por eles.
Fiéis que frequentavam a Igreja Batista Vida Nova ficaram assustados com a denúncia contra os pastores e manifestaram com surpresa nas redes sociais após a circulação das informações a respeito do que acontecia nas clínicas. Segundo consta, eles não comentavam a respeito da existência das clínicas, localizadas na zona rural, para a comunidade.
Bens
Em 2020, Suelen Klaus concorreu ao cargo de vereadora de Anápolis pelo Solidariedade. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela declarou na época R$ 31.850 em bens.
Entre os bens declarados estão uma carretinha de R$ 3 mil; duas contas bancárias, com R$ 3.850 dividido entre elas, e um ônibus Scania K113, avaliado em R$ 25 mil.
O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa dos pastores. O espaço segue aberto para manifestações.
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