O principal foco de buscas pelo corpo de Ana Sophia, menina que desapareceu no dia 4 de julho, no Distrito de Roma, em Bananeiras, é no desvio de rota feito pelo suspeito. As buscas foram retomadas pelo Corpo de Bombeiros da Paraíba na quarta-feira (14), na área em que o corpo de Tiago Fontes, único suspeito de matar a criança, foi encontrado no dia 9 de novembro.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros em Guarabira, Major Fernando, as buscas começaram pela área onde o corpo do suspeito foi encontrado pela possibilidade dele ter ocultado o corpo da menina no mesmo local.
O Major Fernando informou ao g1 que nos próximos dias as buscas serão realizadas com foco nos locais levantados durante a investigação. “Como é uma área muito grande, devemos agir em locais que haja mais possibilidade de o corpo estar ocultado para nossas buscas serem mais eficientes”, afirmou o comandante.
O comandante afirmou ao g1 que essa rota é o principal foco das buscas. “As estratégias são essas, analisar o que foi levantado na investigação da polícia civil e determinar as áreas de buscas”, informou.
As buscas contam com a equipe do Corpo de Bombeiros a pé, cães farejadores e o uso de drones para mapeamento da área.
12h de 4 de julho – Mais ou menos ao meio-dia Ana Sophia pede a sua mãe para ir brincar na casa de uma amiga, que tal como ela mora no distrito de Roma, em Bananeiras.
12h34 de 4 de julho – Ana Sophia chega à casa da amiga, mas é informada que as pessoas da casa estão de saída, de forma que neste exato momento ela deixa o imóvel caminhando e inicia o retorno para casa.
12h36 de 4 de julho – Ana Sophia passa por frente de um mercadinho e sua imagem é captada pelas imagens de uma câmara de segurança. Essa é a última vez que ela é vista com vida de forma nítida. Cerca de 150m adiante, um vulto é visto entrando numa casa. A Polícia Civil diz que se trata de um vulto entre 1,20m e 1,40m, com a média de 1,30m. Como Ana Sophia tinha 1,28m de altura, as medidas batem. O local coincide com a entrada da casa de Tiago Fontes.
12h50 de 4 de julho – Não é possível afirmar com segurança o horário exato da morte de Ana Sophia. Mas, ao falar sobre fatos futuros daquele mesmo dia, os delegados dão a entender que muito provavelmente o assassinato aconteceu pouco depois de a menina entrar na casa de Tiago Fontes, antes mesmo das 13h.
17h50 de 4 de julho – Tiago Fontes sai para trabalhar. Ele sai de carro, após a esposa chegar em casa da escola onde trabalha. E, num comportamento que a Polícia Civil classifica como não usual, antes ele coloca o veículo de ré na garagem de sua casa. A suspeita dos investigadores é que Ana Sophia já estava morta e tinha sido provisoriamente oculta dentro da casa do suspeito. Naquele momento, ele teria escondido o corpo da vítima no carro.
18h08 de 4 de julho – Neste exato momento, Tiago Fontes é visto chegando ao seu local de trabalho. Ele teve uma janela de apenas 18 minutos, mas investigações realizadas constataram que justo neste dia ele faz um desvio em seu local de trabalho que não costumava fazer. A Polícia Civil informou que monitorou oito idas de Tiago de casa para o trabalho e esse foi o único dia que acontece tal desvio. Os policiais suspeitam que o suspeito pegou uma de duas vias de barro que existem na área do desvio e ocultou o corpo, mais uma vez de forma provisória, numa área de mata próxima.
4h40 de 5 de julho – Passados 16 horas do crime, segundo a Polícia Civil da Paraíba, Tiago Fontes começa a fazer uma série de pesquisas em seu celular. Sobre decomposição de corpo humano, ocultação de cadáver e estágios de decomposição.
5h08 de 5 de julho – Tiago Fontes sai de seu trabalho quase uma hora antes do que seria o normal, mas ele não volta para casa pela rota habitual, que seria pela PB-105.
7h de 5 de julho – O suspeito retorna ao distrito de Roma. Segundo a Polícia Civil, isso representa uma janela de 1h52. Teria sido neste momento que ele retornou ao local onde deixara o corpo de Ana Sophia para fazer a ocultação final do corpo. Os investigadores acreditam que se trata de uma estrada de barro de difícil acesso, principalmente naquele período do ano, com chuvas. As buscas ao corpo vão ser concentrados nesta área, que ainda assim é grande.
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