Mãe do menino Apollo Gabriel, de 2 anos, que morreu após ser esquecido por 6 horas dentro de uma van escolar, Kaliane Rodrigues disse que a auxiliar do motorista colocou Apollo em um lugar do veículo diferente do habitual, no banco de trás, nessa terça-feira (14/11).
Em entrevista à TV Globo, a mãe disse que Apollo chorou ao entrar na van. “Ele estava tão bem hoje [terça-feira, 14]. Mas quando eu fui pôr ele na perua, ele chorou. Ele chorou, não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sempre colocava ele na frente, hoje ela colocou ele no banco de trás e esqueceu o meu filho”, disse Kaliane.
O menino deveria ter sido deixado no colégio às 7h, juntamente com os demais alunos. Mas permaneceu na van sem que o motorista, Flávio Robson Benes, de 45 anos, e a assistente, Luciana Coelho Graft, de 44, percebessem. O veículo foi deixado em uma garagem até as 15h20, momento em que o motorista retornou ao automóvel e se deu conta de que o menino estava desacordado.
Apollo Gabriel foi levado para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, conhecido como PS Vermelhinho, na Vila Maria, mas já chegou ao local morto. O motorista e a assistente foram presos em flagrante por homicídio doloso.
A suspeita, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, é que Apollo não tenha resistido às altas temperaturas registradas em São Paulo nessa terça-feira (14/11).
“Sempre que eu chegava, meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava, e eu nunca mais vou ver ele. Eu nunca mais vou ver meu filho”, disse a mãe do garoto.
A mulher afirmou ter estranhado a demora para o filho chegar em casa após a aula.
“Eu nunca pensei em passar por isso, é muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele estava seguro e fui trabalhar. Mas, sabe, pressentimento de mãe. Não foi bom o meu dia e quando deu 16h eu falei ‘Mãe, o Apollo chegou?”, disse.
Irresponsabilidade
A avó de Apollo, Luzinete Rodrigues dos Santos, disse, em entrevista à TV Globo, que o neto foi vítima de irresponsabilidade. A mulher afirmou que a família vai lutar por justiça.
“Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber [que o menino ainda estava atrás] na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, afirmou Luzinete.
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