Deputado Aguinaldo Ribeiro é cotado para assumir cargo no governo Lula Paraibano aparece entre os favoritos para comandar a Secretaria de Relações Institucionais

As movimentações políticas em Brasília ganharam novos contornos nos últimos dias, com a possibilidade de mudanças significativas no primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre as especulações, conforme reportagem publicada no portal Poder 360, destaca-se a chance de o deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) assumir o comando da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), atualmente ocupada por Alexandre Padilha.

A possível ida de Padilha para o Ministério da Saúde, substituindo a atual ministra Nísia Trindade, tem sido amplamente discutida nos bastidores do governo Lula. Padilha, que já comandou a pasta entre 2011 e 2014, durante o governo Dilma Rousseff, é visto como um nome estratégico para a área, especialmente por sua experiência e influência no setor. No entanto, sua saída da SRI abre espaço para uma disputa acirrada pelo cargo responsável pela articulação política do governo.

Entre os nomes cotados para substituir Padilha, Aguinaldo Ribeiro desponta como um dos favoritos. O deputado paraibano, que já foi ministro das Cidades no governo Dilma, é reconhecido por sua habilidade política e trânsito entre diferentes partidos, características essenciais para o cargo. Além dele, outros nomes como José Guimarães (PT-CE), Jaques Wagner (PT-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) também são mencionados.

A força de Aguinaldo Ribeiro na articulação política

A possível escolha de Aguinaldo Ribeiro para a Secretaria de Relações Institucionais reforça a estratégia do governo Lula de ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional. O parlamentar parbiano tem boa relação com lideranças políticas e é visto como um articulador habilidoso, capaz de dialogar com diferentes bancadas e garantir a aprovação de pautas prioritárias para o governo.

A indicação de Aguinaldo Ribeiro também seria um movimento importante para fortalecer a presença do Progressistas (PP) no governo, partido que, apesar de integrar o chamado ‘Centrão’, tem se mostrado um aliado estratégico em votações importantes. Além disso, a escolha de um parlamentar do Nordeste, região que é um dos principais redutos eleitorais de Lula, reforça o peso político da região na composição do governo.

Impactos no orçamento e na governabilidade

A definição sobre a nova composição ministerial é aguardada com ansiedade pelos aliados do governo, especialmente em um momento em que o Congresso cobra celeridade para a aprovação do Orçamento de 2025. Sem a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), o governo só pode gastar 1/12 do previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) por mês, o que limita a execução de políticas públicas e investimentos.

A escolha do novo titular da SRI será crucial para garantir a articulação necessária para a aprovação do orçamento e outras pautas prioritárias. Aguinaldo Ribeiro, caso confirmado no cargo, terá o desafio de construir pontes com os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de lidar com as demandas de uma base aliada diversa e, por vezes, conflituosa.

Outras mudanças no governo Lula

Além da possível ida de Padilha para o Ministério da Saúde e da indicação de Aguinaldo Ribeiro para a SRI, outra mudança que ganha força é a nomeação do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A movimentação tem como objetivo fortalecer Pacheco politicamente, preparando-o para uma possível candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026, estado estratégico para o PT por ser o segundo maior colégio eleitoral do país.