Sucesso no batidão: Marcynho Sensação é destaque na Folha de São Paulo

O cantor paraibano Marcynho Sensação foi destaque na Folha de São Paulo nesta semana. A reportagem de Felipe Maia traz detalhes sobre o estouro do batidão, ritmo forte no Norte-Nordeste. O artista tem despontado para ser um dos grandes hitmakers do Carnaval 2025, e ‘Mulher Roleira‘ deve ser um dos hinos da folia neste ano.

A publicação também aponta outros nomes que deram popularidade ao ritmo na Paraíba, como DJ Marcílio e Gil Bala.

Influência de ritmos latinos, história de vida e sucesso nacional estão presentes na reportagem da Folha ao tratar sobre o paraibano.

Confira trecho da reportagem
O batidão paraense —a bateria eletrônica do tecnomelody, conjuntos de dançarinos e instrumentistas em vez de DJs e letras de romantismo rasgado— tem um maximalismo que destoa do seu par paraibano. Depurado e enxuto, o batidão da Paraíba data de ao menos 15 anos e tem uma estrutura que lembra gêneros do Caribe, como dancehall e reggaeton. E, tal qual estes, esse batidão também passa por uma renovação que resulta da aceleração do seu andamento.

“O batidão é uma mistura: tem instrumentos do piseiro, do reggae, tem um pouco de lambada francesa, e era algo que só ficava aqui na região da Paraíba com artistas como DJ Marcilio, Gil Bala, mas não tinha essa proporção que está tendo agora,” explica Marcynho Sensação, artista de batidão com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram.

Natural de Areia, sertão paraibano, Marcynho começou no teclado aos 15 anos por influência do pai. Tocando em bares e festas, construiu sua carreira com um sem número de canções do cancioneiro do nordeste do país. “O foco do batidão foi agora no finalzinho de dezembro, o pessoal mais jovem daqui da região está na loucura do batidão”, diz o artista, o primeiro do gênero a entrar no Top 200 do Spotify com duas músicas: “Tu Xera” e “Mulher Roleira (Solinho Envolvente)”. “Quando a gente toca essa, no ritmo do reggaeton, já vem aquela lembrança de música antiga.”

“Mulher Roleira” é uma canção do início dos anos 2000 que teve sucesso à época em São Luís do Maranhão e voltou à tona na voz de Marcynho. A faixa, que lembra o reggaeton “Sexo Quiero Yo”, lançando em 2001 pelos portorriquenhos Sir Speedy e DJ Bloss, é um elo entre o batidão da Paraíba e do Pará.

“O importante no som do paredão é o grave, tem que ser uma porrada, então eu tive que dar aquele batidão na música, aquele ‘bum’”, explica Woldon Campos, fundador da banda Caribbean Hits e autor de “Mulher Roleira”. “O batidão é do alto-falante de 18 polegadas, e na época a gente não tinha um amplificador potente para dar aquele murro, mas as aparelhagens fizeram com que essa pancada se manifestasse.”