A Tragédia Climática Gaúcha e Procura de Culpados

Novos termos e conceitos estão sendo atribuídos às grandes catástrofes climáticas em todo o planeta.
Os refugiados climáticos, emergência climática, mudança climática, aquecimento global, viragem ecológica, apocalipse climático.
Casas destruídas, pontes derrubadas, trechos de rodovias, ruas da cidades, viadutos, aeroportos, cemitério, escolas, creches, supermercados, farmácias e hospitais ficaram debaixo da água e da lama das enxurradas.
Têm áreas urbanas do Rio Grande do Sul, em que 80% da estrutura urbana foi atingida pelas chuvas intempestivas,  com elevados índices pluviométricos. Em uma semana, choveu o equivalente a três meses ininterruptos. É importante dizer que em menos de um ano, entre setembro, novembro de 2023 e maio de 2024, ocorreram três grandes enchentes no Estado do Rio Grande do Sul. Em apenas seis meses, as mesmas regiões do Estado foram atingidas diretamente pelas mudanças climáticas e os efeitos continuarão, pois como alertaram os cientistas, não são apenas fenômenos meteorológicos, pois o clima segue padrões repetitivos e em cadeia.
O governo Lula liberou 50 bilhões para o RS, além dos milhares de servidores públicos que estão na linha de frente da tragédia climática. Só das forças armadas são cerca de 17 mil homens.
Ao lançar mão destes dados oficiais anunciados pelo governo federal, alguém vem dizer que estou politizando o tema.
Mas o próprio governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB), foi às suas redes sociais, pedir que não polarizem nem politizem a tragédia gaúcha. Mas ontem foi em suas redes para elogiar e agradecer o milionário Elon Musk, por ter doado mil antenas de recepção da internet.
Eduardo Leite cortou recursos da Defesa Civil, esvaziando o órgão de recursos, além de vetar mais de 500 itens do código ambiental, entre os quais, aqueles que previam os riscos de inundações por causa das mudanças climáticas.
Essa destruição do código ambiental gaúcho, foi feito com orientação do ex governo e seu ministro Ricardo Sales do Meio Ambiente.
Então é hora de perguntar quantos bilhões o governo do Estado gaúcho pretende destinar para retirar o Estado desse atoleiro?
Aqui vale relembrar que o RS é o quinto mais rico do Brasil. Com grandes empresas, indústrias produtores do agronegócio e o que vemos é a população se mobilizando em uma grande corrente de solidariedade para ajudar o povo gaúcho.
Enquanto isso, vemos políticos de extrema direita, como deputados, senadores, prefeitos e outros, divulgando fakes news, em especial contra o governo Lula. Aí dizem que não é para politizar essa situação calamitosa.
Quanto os prefeitos do próprio RS irão destinar para esse desastre? Será que também cortaram verbas da Defesa Civil, como fez o Governador Eduardo Leite?
O Papa Francisco liberou meio milhão de reais para os refugiados do clima. Quero saber quanto os bispos e pastores neopentecostais (Silas Malafaia, Valdemiro Santiago, Edi Macedo, etc), irão liberar de suas reservas do dízimo?
Quanto os Banqueiros (Santander, Bradesco, Itaú, etc), irão liberar?
Quanto as grandes indústrias que atuam no Brasil e no RS irão liberar;
Quanto as grandes marcas de refrigerantes, cervejas, vinho, outras bebidas irão liberar?
Quanto as grandes casas de apostas (Betano, Sport-Bet, X-Bet, etc, irão liberar?
Quanto o agronegócio irá liberar?
Quanto as grandes mineradoras irão liberar?
Quanto às grandes empresas privadas que administram  rodovias, pedágios, consecionarias de água, energia, telefonia, cartões de crédito irão liberar?
Quanto grandes montadoras de carros (Chevrolet, Fiat, Ford, Jeep, Toyota, etc), irão liberar?
Quanto grandes pecuaristas, frigoríficos e marcas como Sadia, Perdigão, Seara, etc, irão liberar?
Quanto atacadistas, grandes redes de supercados e exportadores irão liberar?
Quanto grandes laboratorios e farmacêuticas irão liberar?
Vemos as redes sociais inundadas de fakes news, contra o governo Lula, inclusive de prefeitos bolsonaristas, negacionistas climáticos, que não podem mais esconder a realidade, agora atacando e querendo culpar Lula por essa tragédia.
Atacando as instituições e até mesmo as forças armadas e a guarda nacional, tentando diminuir o papel do Estado, mas em termos de solidariedade e ajuda, quase tudo é trabalho coletivo das pessoas e do governo.
O neoliberalismo e a mão invisível do mercado e dos grandes empresários fazem de conta que não é com eles. Mas é sim!
Esses grupos econômicos que só querem o lucro e saem fora quando a tragédia acontece, são os principais culpados, além do ex-desgovermo Bolsonaro (PL) que facilitou a degradação e cortou os recursos que deveriam está reservados para proteção contra tragédias como essa.
Por Belarmino Mariano.